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Wednesday, January 23, 2013

Canja de galinha

Canja de galinha is a typical Portuguese soup made of rice, chicken and flavoring ingredients like olive oil, mint, salt and pepper (1). The traditional recipe, nowadays used more in the countryside, includes also the giblets and unhatched eggs (2). Other difference between original and modern version is that now there is often used small pasta (letters, pip, noodles) instead of rice (3). However, it always continue to be a watery soup (4).
For the origin there are two main versions. The first version says that the soup is originally from China where it is called congee. The Chinese congee is almost identical to Portuguese canja de galinha which is the main argument for this version. What makes the story complicated is that similar soup is eaten almost in all Asia (3).
Another version indicates its origin in India, the Malabar Coast, port of Calicut where Vasco da Gama landed in 1492 (3). So it was a former Portuguese colony and connections between Portugal and Malabar region were stronger than with China (5). Also the Malayalam word kanji (or kenge) which means a hot and salty broth seems to be more adjusted to the current Portuguese name (3, 4).
The habit of eating canja de galinha in Portugal date back the late 18th and early 19th century when there was the French invasion of Portugal and the nobility regularly consumed this dish (5). This soup was also served to Arthur Wellesley (1828-1830), one of the generals who commanded the British army Portuguese-English during the French invasions, when Lavos landed in the first days of August 1808 (6, 7).
Because of Portuguese influence, the soup is also consumed in Brazil and other Portuguese speaking countries and regions (3). But Brazilian canja de galinha is more consistent soup, even able to replace a meal. We could not find a broth light and flimsy but a thick soup which always consists several vegetables and carrots and even potatoes (4).
In Portugal, Cabo Verde and Brazil this soup is always been associated with the dietary balance and recovering health (4). In these countries canja de galinha is widely believed to help a person overcome flu, digestive problems and other mild forms of sickness (1). In certain regions of Portugal, especially in the center of the country, there is a tradition of giving soup only to women after childbirth for a few weeks (3). In Cabo Verde canja is sometimes served after funeral, at the home of the deceased, perhaps because it "soothes" the heart. It is also served during special occasions, such as New Year's Eve, birthdays, and other special family events (1).
In Ajuda National Palace's kitchen there always had to be fresh canja de galinha made for Queen Maria Pia (1847-1911) because she believed that the soup was fundamental to the maintenance of health and therefore she consumed it daily (8, 4).
But she was not only royal person who loved canja de galinha. D. Pedro II, Emperor of Brazil, consuming it daily, even in the intervals of the performances. As J. A. Dias Lopes describes in "The Emperor's Soup", the historians of the time commented that the monarch made sure to "enjoy a hot soup between the second and third acts, which began only after being given the signal that His Majesty ended the ceiazinha" (7).

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Canja é uma sopa típica portuguesa feita à base de arroz, frango e ingredientes aromatizantes como o azeite, a hortelã, o sal e a pimenta (1). A receita tradicional, hoje em dia mais utilizado no campo, inclui também os miúdos do frango (2). Outra diferença entre a versão original e moderna é que agora não é frequentemente utilizado massinhas (letras, pevide, aletria) em vez de arroz (3). No entanto, continua a ser uma sopa aguada (4).
Para a origem existem duas versões principais. A primeira versão diz que a sopa é originária da China, onde é chamado de congee. O congee chinês é quase idêntico ao Português canja de galinha, que é o principal argumento para esta versão. O que torna a história complicado é que a sopa é consumida quase semelhante em toda a Ásia (3).
Outra versão aponta sua origem na Índia, na Costa de Malabar, porto de Calicute, onde Vasco da Gama aportou em 1492 (3). Foi uma ex-colônia Portuguêsa pelo que as suas relações conexões entre Portugal e região Malabar eram mais fortes do que com a China (5). Também a palavra malaiala kanji (ou kenge), a palavra malaiala que designava um caldo quente e salgado, parece estar mais ajustado à actual designação portuguesa. (3, 4).
O hábito de consumir canja e agregar a ela propriedades medicinais remontam ao final do século XVIII começo do XIX com a invasão francesa em Portugal, quando a nobreza consumia regularmente esse prato. (5). Esta foi também a sopa servida a Arthur Wellesley (1828-1830), um dos generais ingleses que comandaram o exército luso-inglês durante as Invasões Francesas, quando desembarcou em Lavos nos primeiros dias de Agosto de 1808. (6, 7).
Por influência portuguesa, a canja é também consumida no Brasil e outros países e regiões de expressão portuguesa (3). Mas no Brasil a canja é mais consistente. É uma sopa substancial, quase uma sopa completa, capaz de substituir uma refeição. Uma sopa onde entram vários legumes, sempre cenoura e até batata. (4).
Em Portugal, Cabo Verde e Brasil, essa sopa está associado ao equilíbrio alimentar e a regenerador de saúde. (4). Nesses países, canja de galinha é amplamente acreditada no combate à gripe, problemas digestivos e outras doenças (1). Em certas regiões portuguesas, nomeadamente na região centro, existe uma tradição de dar apenas canja às mulheres depois do parto durante algumas semanas (3). Em Cabo Verde canja é servida às vezes depois do funeral, na casa do falecido, talvez porque "acalma" o coração. Também é servido em ocasiões especiais, como a véspera de Ano Novo, aniversários e outros eventos especiais da família (1).
No Palácio Nacional da Ajuda, teria que haver, sempre, canja fresca confecionada para a Rainha Dona Maria Pia (1847-1911) pois acreditava que a canja era fundamental para a manutenção da saúde se consumida diariamente (8, 4).
Mas não era a única que adorava canja de galinha. D. Pedro II, Imperador do Brasil, consumia-a diariamente, até mesmo nos intervalos dos espectáculos. Conforme conta J. A. Dias Lopes em “A Canja do Imperador”, os historiadores da época comentam que o monarca fazia questão de “saborear uma canja quente entre o segundo e o terceiro actos, que só começava depois de ser dado o sinal de que Sua Majestade terminara a ceiazinha” (7).
Canja de galinha
For 6 persons / para 6 pessoas
  • 1 chicken about 1,5 kg / 1 galinha (caseira) com cerca de 1,5 Kg
  • 1,7 l of water / 1,7 l de água
  • 5 g of salt / 5 gr de sal
  • 100 g of rice / 100 g de arroz
Place the water with salt and chicken to the pot and heat gently. Remove the foam that is produced.
If the chicken is cooked pour the rice and cook for another twenty minutes, covering the pot.
To give more taste, you can add different herbs (for example mint).

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Numa panela coloque a água com o sal e a galinha deixando aquecer lentamente e tirando a espuma que se for produzindo.
Estando cozida deite as 100 gr de arroz que se deixa cozer por mais vinte minutos, tapando a caçarola .
Para dar mais sabor, pode adicionar ervas diferentes (por exemplo hortelã).

Friday, November 16, 2012

Caldo verde

The truth is that the  Portuguese are very fond of soups - the lunch and dinner are not complete without some soup. Probably the most famous is caldo verde (the green broth) which is sometimes considered as Portuguese national dish (1). It is originated in Minho Province in Northern Portugal, but the fame of the caldo verde has surpassed geographical borders and it is popular all over Portugal and consumed widely from the northern borders to the south. In fact, caldo verde is a traditional soup which is not only a part of the Portuguese cuisine but is equally popular in Brazil as well (2).
The basic ingredients for caldo verde are potatoes, onions and kale, common additional ingredients are garlic, salt, and olive oil (3). It is usually served with Portuguese sausage such as chouriço (made with pork, fat, wine, paprika and salt) or linguiça (made with pork, garlic and paprika) (1, 4, 5). However, like with all recipes, this one has also varieties. For example pepperoni or andouille sausage can be used instead of traditional Portuguese sausages (1).
Due to its simplicity and lightness always come up at the beginning of the meal or a late supper. It is also typically consumed during Portuguese celebrations, such as weddings, birthdays, and popular parties, for example, the St. John party on the 23th of June in Porto (3).
References to the soup appear in many novels by Camilo Castelo Branco (3).

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Os Portugueses gostam muito de sopas - o almoço e o jantar não está completo sem sopa. Provavelmente, a mais famosa é o caldo verde, que às vezes é considerado como prato nacional (1). É originário do Minho no Norte de Portugal, mas a fama do caldo verde já ultrapassou fronteiras geográficas e é popular em todo
o Mundo. De facto, o caldo verde é uma sopa tradicional, que não é apenas parte da cozinha Portuguesa mas é igualmente popular no Brasil (2).
Os ingredientes básicos para caldo verde são batatas, cebola e couve, comuns ingredientes adicionais são o alho, sal e azeite de oliveira (3). É geralmente servido com chouriço (feito com o carne de porco, a gordura,
o vinho, a páprica e o sal) ou linguiça (feito com o carne de porco, alho e a páprica) (1, 4, 5). Contudo, como com todas as receitas, este também tem variedades. Por exemplo, salsicha calabresa ou salsicha andouille pode ser utilizado em vez de salsichas tradicionais portugueses (1). Devido à sua simplicidade e leveza sempre surgem no início da refeição ou em um jantar tardio. Também é tipicamente consumido durante as comemorações portuguesas, como casamentos, aniversários e festas populares, por exemplo,
a festa de São João no dia 23 de junho, no Porto (3).
As referências à sopa aparecem em muitos romances de Camilo Castelo Branco (3).

Caldo verde (6)

For 4 persons/para 4 pessoas:
  • 600 g of potatoes / 600 g de batatas
  • 1 onion / 1 cebola
  • 1,5 dl of olive oil / 1,5 dl de azeite
  • 1,5 litre of water / 1,5 litros de água
  • 2 cloves of garlic / 2 dentes de alho
  • 2 slices of cornbread / 2 fatias de broa de milho
  • 200 g of kale cut into thin slices/ 200 g de couve portuguesa cortada em caldo verde
  • 4 slices of chouriço / 4 rodelas de chouriço
  • salt / sal q.b.
Boil potatoes, onion and garlic in water which is flavored with salt and half of olive oil.
Meanwhile prepare kale, wash it and cut it into thin slices.
When the potatoes are well cooked, make a puree of potatoes, onion and garlic. Leave the puree to the fire and 10 minutes before serving add well drained kale.
Boil without cover until kale is not raw. Flavor with salt if necessary and add the rest of olive oil.
Put the slice of chouriço sausage to every bowl.
To finish, halve the slices of bread and distribute them for people.

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Leve as batatas, a cebola e os dentes de alho a cozer em água temperada com sal e metade da porção de azeite.
Entretanto, prepare a couve, lavando-a e cortando as folhas em caldo verde (juliana muito fina).
Quando as batatas estiverem bem cozidas, faça um puré com as batatas, a cebola e os alhos. Leve o puré ao lume e 10 minutos antes de servir, com o caldo a ferver, junte a couve bem escorrida.
Deixe cozer com a panela destapada até a couve deixar de saber a cru. Retifique o tempero, ajustando a quantidade de sal, e adicione o restante azeite.
Coloque uma rodela de chouriço de carne em cada malga.
Por fim, corte as fatias de broa ao meio e distribua-as pelas pessoas.